sexta-feira, 21 de março de 2008

40 PERSONALIDADES


Pela Polícia Civil de Rondônia já passaram grandes profissionais que hoje atuam em outros setores. Um deles é o desembargador Sebastião Teixeira Chaves, que ocupou vários cargos na instituição, desde o de delegado a diretor de Polícia. Aprovado no concurso de juiz de Direito, ingressou no Poder Judiciário, já tendo sido presidente do TRE.
O hoje promotor Francisco Esmone Teixeira também fez carreira na Polícia Civil, o mesmo ocorreu com seu colega Jeová Benedito dos Santos.
Walderedo Paiva, que já foi deputado estadual por três vezes e seis vezes secretário de Estado, também fez carreira, desde a época em que Rondônia era território, tendo sido um dos comandantes da famosa Operação Caça-Pistoleiros, desencadeada no governo do coronel Jorge Teixeira.
O policial João das Paulo das Virgens, atualmente morando em Vilhena, foi o primeiro policial civil eleito vereador em Porto Velho, na época pelo PDS, no período de 83 a 89. Em maio de 2004 ele foi homenageado com a comenda da Abolição José do Patrocínio por propositura do vereador Chico Caçula. Baiano, João Paulo mora em Rondônia há muitos anos. Ele foi, inclusive, o autor da comenda e criador da então vila de Itapuã, hoje município de Itapuã do Oeste, a 106 km da Capital.
Depois de João Paulo outros policiais foram eleitos vereadores como o delegado Paulo Moraes, mais tarde eleito deputado estadual e hoje secretário da Segurança, Defesa e Cidadania, o datiloscopista Ruy Peixeito, eleito em 2000, os médico-legistas Sidrônio Timóteo e dr. Dimas.
No interior, havia em 2004 um grande número de policiais atuando nas câmaras municipais.

JOÃO POMBA

Um dos policiais mais famosos do mundo é de Rondônia. João Raimundo Lins Dutra, o João Pomba, o xerife da Fronteira, segundo publicou a revista Veja, já foi alvo de reportagens em diversas redes de TV da Europa.

DELEGADO GENTIL

O delegado José Antônio Gentil aposentou-se por tempo de serviço em maio de 2002. No dia 14 pela manhã ele foi homenageado pela direção geral da Polícia Civil por seus relevantes serviços prestados à segurança pública. Até aposentar-se, Gentil era diretor da Divisão Especializada de Crimes contra a Vida, onde atuou por mais de cinco anos.
Natural de Mogi-Guaçu, interior de São Paulo, Gentil queria seguir a carreira de professor, mas seu primeiro emprego público foi como diretor da Câmara Municipal de Estrela do Norte, também em São Paulo. Ainda se candidatou a prefeito da cidade, mas perdeu por 9 votos. Na época tinha 19 anos de idade.
Abandonando a política, Gentil lecionou Língua Portuguesa, por seis anos. Como a remuneração já naquela época era irrisória, buscou uma profissão alternativa. Ingressou na Polícia Civil de São Paulo, em 1973, como investigador. Trabalhou no Serviço Especial de Investigação até 1986, tendo como colega o hoje diretor geral da Polícia Civil, delegado Carlos Eduardo Ferreira.
Depois de formar-se em Direito pela Institutição Toledo de Ensino de Presidente Prudente, Gentil prestou concurso público para delegado de Polícia Civil aberto pelo governo de Rondônia. No ano de 1987, mudou-se com a família para o Estado, que naquela época era chamado de Novo Eldorado.
Na Polícia Civil, Gentil ocupou cargos importantes, mas foi como delegado de Homicídios que se destacou. Sob seu comando dezena de crimes considerados insolúveis foram desvendados e seus autores levados à Justiça.
Ao fazer uma síntese de suas realizações profissionais, Gentil afirmou que se sentia realizado. "Eu quis ser professor, mas como precisava sustentar minha família, tive que buscar outra profissão. Com o passar do tempo, pude me sentir útil e hoje, ao olhar para trás, sinto-me plenamente realizado. Tenho dois filhos formados em Direito, e uma filha que está concluindo Bioquímica. Depois de muitos anos de luta ainda posso sonhar", frisou.

ACIDENTE
Casado com a também delegada Elza Aparecida, Gentil sofreu um acidente no dia 3 de abril passado, na BR-364, a 90 km de Rio Branco (AC). Para ele, o episódio ocorrido no mês passado, tem um grande significado em sua vida. "Nascido a 6 de junho, agora tenho um nova, 3 de abril, data para comemorar como data de nascimento", afirmou ele, lamentando que seu colega de trabalho, o agente de policial José Antônio Gomes Freire, de 40 anos, ainda esteja sob cuidados médicos.
Gentil e o policial Gomes viajavam para o Acre em missão designada pela direção da Polícia Civil, quando a viatura bateu com uma carreta e foi jogada na ribanceira. O delegado sofreu ferimentos generalizados, mas Gomes ficou preso nas ferragens por mais de duas horas. Ao ser retirado, tinha perdido dois dedos da mão esquerda e sofrido trauma grave do crânio.

FÉRIAS
Ao agradecer o apoio recebido da imprensa da Capital, Gentil anunciou que viajaria de férias para visitar a mãe e a sogra, em São Paulo. Ao retornar em 60 dias, colocaria um escritório de consultoria jurídica com seus dois filhos. "Ainda posso fazer alguma coisa por Rondônia e seu povo que me receberam como se eu tivesse nascido aqui".
Além da carreira profissional de advogado, Gentil pretende sequenciar o trabalho de filantropia que desenvolve há anos como membro do Lions Club Rio Madeira, onde já ocupou vários cargos. "Nesta sexta-feira, inclusive, estaremos inaugurando a Fundação Banco de Olhos de Rondônia", comunicou Gentil. Ele é o atual presidente da fundação.


KOJAK, O POLICIAL 24 HORAS


Conhecido em Rondônia pelo apelido de Kojak, em razão da semelhança calva com o ator Ted Savallas, ator principal de um seriado de TV, o policial civil Claudionor Silva aposentou-se, mas não pendurou a jaqueta. Na segunda quinzena de maio de 2003, Kojak voltou a atuar na Central de Polícia somente pelo prazer de trabalhar, como justificou ao pedir seu retorno ao serviço ao diretor da Polícia, Carlos Eduardo Ferreira. "Eu não quero ficar dentro de casa sem fazer nada. Quero trabalhar. Quero estar junto de meus companheiros, com meus delegados". Kojak morreu à 1h da manhã do dia 25 de outubro de 2005, na UNIMED, de insufiencia respiratório aguda. Ele foi velado na Funerária Dom Bosco e sepultado às 17h no Jardim da Saudade, em Porto Velho. Deixou 13 filhos e dona Silvia viúva.
Para alguns colegas, Kojak deveria gozar a merecida aposentadoria. "Ele já trabalhou muito, mas já que quer voltar, não temos como negar o apoio a um colega, principalmente porque ele é exemplo para todos nós da Polícia Civil de Rondônia", disse um delegado do Plantão de Polícia, satisfeito com o reforço.
O diretor da Polícia Civil também reconheceu o trabalho do velho policial. Através de portaria, Carlos Eduardo Ferreira mandou constar elogio na ficha funcional de Kojak, "tendo em vista o sucesso que vem obtendo no cumprimento de seus trabalhos".

QUEM É KOJAK

Nascido no dia 4 de abril de 1933, em Belém (PA), Kojak teve como pais, Paulo Silva, músico, e Maria José da Silva, doméstica do lar. Ele chegou a Rondonia no dia 28 de janeiro de 1968, já casado com dona Silvia da Paixão Cruz da Silva, com quem teve 13 filhos, e apesar das dificuldades, levou seis netos para criar como filhos legítimos.
Antes de integrar-se à Polícia Civil de Rondônia, Kojak serviu no 3º Pelotão do Exercito em Vila Bitencourt, Japurá (AM). Em 68 foi transferido para a 3ª Companhia de Fronteira por ordem do general Lira Tavares, e mais tarde para a reserva. Ele ainda trabalhou seis meses no 5º BEC, quando o comandante era o coronel Noronha.
Kojak ingressou na Polícia Civil de Rondônia na época do coronel Jorge Teixeira, então governador. Aposentou-se no dia 4 de abril passado, ao completar 70 anos.
Durante tantos anos na Polícia Civil, Kojak desempenhou vários cargos como sub-delegado nas localidades de Jacy-Paraná, Mutum-Paraná, Campo Novo e Potosi. Mas foi no 1º DP, que trabalhou por muitos anos sem jamais causar qualquer problema para a segurança pública.
- Eu resolvi ser policial porque tinha uma queda para a profissão por ser oriundo do Exercito, onde trabalhei no serviço de informação, e aprendi muita coisa: falar pouco e ouvir muito - recorda.
Após aposentar-se, Kojak foi para casa, mas cansou do ócio. Então tomou uma atitude: procurou o diretor da Polícia Civil e pediu para voltar a trabalhar sem ganhar nada. O pedido foi aceito na hora por delegado Carlos Eduardo Ferreira. Agora Kojak pode se encontrado diariamente no Plantão de Polícia, com seu traje de sempre e seu jeito cordial.
- O chefe da Polícia me aceitou de volta porque conhece o meu comportamento. Ele não tem nada contra mim. Nunca fui punido, nunca cortaram meu ponto, nunca pedi uma dispensa médica, sempre cheguei cedo no trabalho como na época do Exército, no horário militar - vangloria-se, sem a preocupação de ser chamado de "caxias". Sorridente, ele leva tudo na brincadeira. "Para mim o que importa é que eu sempre tenha a certeza de que estou fazendo o que é certo".
E tem mais: Kojak não bebia, não fumava e dormia cedo. Com esse ritimo de vida ele queria chegar aos 100 anos de vida. E para não deixar margem para falatórios, Kojak não andava por lugares incompatíveis quando estava de folga do serviço.


Charles Chaplin está vivo e mora em Extrema


José Amilton Farias. Quem procurar por esse nome no distrito de Extrema, a 356 km da Capital, jamais saberá de quem se trata. Mas se perguntar por Charles Chaplin, não terá dificuldade de encontrá-lo. No distrito, todos o conhecem. É uma figura popular, líder comunitário na região da ponta do Abunã e o único com o apelido registrado em cartório local, em 2001.
Policial civil aposentado desde 1998, Farias sempre foi fã de Chaplin e como tal a incorporar o bigode ao seu visual. "É uma homenagem ao próprio Charles Chaplin e ao meu amigo Dr. Cézzar (Pizzano), outro fã do grande ator e produtor inglês nos anos 20, do século passado", informa.
O Chaplin da Amazônia conhece quase tudo sobre seu ídolo. Chaplin. Ele coleciona fotos, matérias jornalisticas, além de indumentária idêntica ao que o artista usava. "A vestimenta foi um presente do dr. Cézzar", afirma, lembrando que o sucesso de Chaplin eclodiu no dia em que ele adentrou o palco para socorrer a mãe, uma das maiores cantoras líricas da Inglaterra, que passava mal. Ele apareceu em cena, com o sapato do pai, todo desenconçado. O publico pensou que se tratasse da participação de um ator e começou a aplaudi-lo. A partir de então, ingressou no cinema mudo, conseguindo grande sucesso".
Como liderança comunitária, o Chaplin da Amazônia foi peça importante na campanha do governador Ivo Cassol, "juntamente com o dr. Cézzar, Aparecido, Floriano e Lúcia Calki, João Bosco, Dimas, Eugênio, Neila Sena, José Gaúcho, dona Laércia, entre outros".
Meses depois de eleito governador, Cassol voltou a Extrema para entregar sementes e ambulâncias aos produtores da região quando fez questão de visitar a casa do Chaplin da Amazônia. Na ocasião, o governador estava acompanhado dos deputados estaduais Everton Leoni e Beto do Trento, e os secretários Miguel Sena, da Saúde, Luiz Cláudio, da SEAPS, Sorival, da Emater, e Canozza, da Casa Civil. "Foi uma grande honra para mim receber o nosso governador", orgulha-se.
Natural de Xapuri (AC), o Chaplin da Amazonia nasceu em 1957. Ele ingressou na Polícia Civil em 1984, através de concurso público. Casado com dona Adriana Macena de Farias, tem quatro filhos: Lucia, 10 anos, Yasmim, de 8, Alan Delon, de 4, e Cézzar Pizzano Macena de Farias, um homem ao amigo Cézzar Pizzano, que durante dois anos foi o delegado da Ponta do Abunã e hoje é o diretor-executivo da Superintendência de Assuntos Penitenciários. "O dr. Cézzar é o nosso embaixador em Porto Velho", finaliza.

2 comentários:

joaodasvirgens disse...

Meu nobre amigo Dalton Di Franco quero ao mesmo tempo agradece-lo e dar os parabéns pelo belo trabalho que fizeste para a história das Policias e de Rondônia.
E lastimar que os órgãos e empresas (entre elas as Faculdades) pelo total descaso com nossa cultura e nossa historia. È triste ver um belíssimo trabalho, que demandou tanta pesquisa, recursos financeiros e tempo, ser relegado pelas nossas autoridades e empresários.
Mas espero que a cegueira cultural destrave os olhos daqueles que deveriam promovê-la e você consiga trazer a luz através deste trabalho que só faz engrandecer ainda mais o seu currículo e iluminar nossa gente.
Parabéns e um abraço.

Unknown disse...

O nome dopator não era TED e sim TELLY